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29/06/2024

O Sonho do Rei Nabucodonosor


Os quatro últimos impérios mundiais
(cap. 2)

Neste capítulo vemos predito o futuro do mundo gentílico na era dos
"últimos dias" (2.28). Isto alcança os tempos da vinda de Jesus e o
estabelecimento do Milênio: "Mas, nos dias destes reis, o Deus do céu,
suscitará um reino que não será jamais destruído; este reino não passará a
outro povo: esmiuçará e consumirá todos estes reinos, mas ele mesmo
subsistirá para sempre" (2.44).
A matéria profética deste capítulo é tão importante que vem repetida
no capítulo 7. Uma das diferenças é que aqui, no capítulo 2, a revelação divina
veio por meio de um sonho profético de Nabucodonosor; e no capítulo 7, por
meio de uma visão profética concedida a Daniel.
1. "reinado de Nabucodonosor"
(2.1). O fato ocorreu um ano após a ida de
Daniel para Babilônia, portanto, durante o seu curso no palácio do rei. Deus
quer usar os estudantes crentes durante os seus cursos. Nabucodonosor foi o
primeiro monarca da história a dominar toda a terra habitada (Jr 27.6,7).
2. "e, passou-se-lhe o sono"
(Dn 2.1). Um monarca com insônia! Deus dá o
sono, mas também o tira quando quer. Ver outros casos famosos na história:
Saul (1 Sm 26.12); Assuero (Et 6.1); Dario (Dn 6.18).
3. "e os caldeus" (2.2). Esta distinção mostra que os caldeus, como aqui
declarado, constituíam de algum modo uma classe separada de sábios.
4. Texto em língua aramaica.
De 2.4 a 7.28 do livro de Daniel, o texto está
escrito em aramaico, no original. Certamente há nisso uma lição para o
mundo gentílico. O aramaico era a língua do comércio e da diplomacia da
época.
5. O sonho do rei, esquecido
(2.3-9). Deus fala por meio de sonhos (Jó
33.15,16). A Bíblia faz menção de 34 sonhos, sendo 22 no AT e 12 no NT.
6. Os ocultistas impotentes
(2.10,11,27). Sim, impotentes para revelar o
Futuro, quando os fatos procedem de Deus.
7. Um culto de oração da mocidade
(2.17-23). Muitas outras coisas
Edificantes aprendemos nestes versículos: que Daniel era homem de oração;
Que é bom ter amigos que oram nas dificuldades; que é de grande valor e peso
A oração unânime; que Deus responde à oração de jovens sinceros; que a
Oração deve estar permeada de louvor a Deus.
8. Daniel na presença do rei
(2.25-30). Aqui temos um dos muitos casos de
Um judeu desprezado resolver problemas da humanidade. É também o caso
De José, o filho de Jacó, que, esquecido numa prisão do Egito, tornou-se o
Salvador do mundo. A história se repete através dos tempos. Nos tempos
Modernos temos casos como o de Disraeli, e de Sabin e muitos outros. Outras
Lições dos versículos 25-30: a convicção e a autoridade espiritual de Daniel (v.
24); Daniel dá testemunho de Deus na presença do rei (v. 28); Deus revela
Mistérios (v. 28); Daniel tão importante, material e espiritualmente, não se
Julgou superior a ninguém (v. 30): quem de fato é importante, é assim mesmo!
9. A revelação do sonho esquecido
(2.29-35). O rei deve ter ficado muito
Emocionado quando Daniel, que nada tinha com o sonho, começou a
Reproduzi-lo fielmente...
10. A interpretação do sonho profético (2.36-43). Na enorme estátua do
Sonho do rei, está predita a história das nações dos “tempos dos gentios”,

O Sonho do Rei Nabucodonosor

Começando por Nabucodonosor até a vinda de Jesus. Aqui estão os quatro
Últimos impérios mundiais até a vinda de Cristo:
Babilônia (a cabeça de ouro) (2.32,37,38).
Medo-Pérsia (o peito e os braços de prata) (2.32,39).
Grécia (o ventre e os quadris de bronze) (2.32,39).
Roma (as pernas de ferro, e os pés – parte de ferro e parte de barro – 2.35,40-43).



Alguns pormenores interessantes:
A cabeça da estátua (2.32,37,38) representa o começo, o início, dos
Tempos dos gentios, isto é, o Império Babilônico. (Sobre a expressão “tempo
Dos gentios”, ler Lucas 21.24).

O peito de prata da estátua e seus dois braços (2.32,39). Representação da
Coligação do Império Medo-Persa, o segundo império mundial.

O ventre de bronze da estátua (2.32,39). Não há pormenores aqui. No
Capítulo 7, sim. Trata-se do terceiro império mundial, a Grécia.

As duas pernas de ferro da estátua (2.33,40). As pernas são a parte mais
Longa do corpo, o que indica a extensão do domínio romano, do qual somos
Atualmente uma forma. As duas pernas correspondem à divisão do Império
Romano em Ocidental e Oriental, ocorrida em 395 d.C.

Os dez dedos dos pés na imagem (2.41,42). São dez reinos, como forma ou
Expressão final do Império Romano, nos últimos dias da presente
Dispensação, como se vê no versículo 44: “Mas, nos dias destes reis...” Esses
Dez reis correspondem aos dez chifres do quarto animal de Daniel 7.24 e aos
Dez chifres da besta de Apocalipse 13.1 e 17.3. Trata-se de um poder político
Que existiu, e que no presente momento não existe, mas que voltará a existir
(“era e não é e está para emergir” – Ap 17.8).
Os pés, em parte de ferro, em parte de barro
(2.33,41-43). Ferro e barro não se
Misturam! Isto revela que neste tempo do fim não haverá “nações unidas”. O
Ferro é o governo ditatorial, totalitário que hoje cada vez mais aumenta em
Todos os continentes (v. 40).

O barro é o governo do povo, democrático,
Republicano. O barro é formado de partículas soltas, o que indica governo do
Povo, como se apresenta o regime democrático. Já o ferro é formado de
Blocos compactos, indicando poder centralizado. Temos hoje no mundo estas
Duas formas de governo. Vemos assim pela Palavra de Deus que a última
Forma de governo na terra não será o comunismo total, como eles apregoam.
A crescente inferioridade dos metais na estátua profética (2.32,33)

Ouro, prata, Bronze, ferro com barro.
Isto revela que o mundo não melhorará nem moral,
Nem politicamente, e sim piorará cada vez mais. É o que nos assegura esta
Profecia. Conforme o pensar deste mundo (inclusive a filosofia comunista), a
Cabeça devia ser de barro e os pés de ouro. Ao contrário, a cabeça é que é de
Ouro e os pés de barro! A imagem de Nabucodonosor é uma descrição bíblica
Da degeneração da raça humana alienada de Deus. É o capítulo 1 de Romanos,
Versículos 18 ss.
11. O último reino mundial (2.44,45). Esse reino é proveniente do Céu. Ele
Será implantado sem intervenção humana.

 O versículo 34 diz: “Uma pedra foi
Cortada sem auxílio de mãos”. Essa pedra é Cristo (At 4.11; 1 Co 10.4; 1 Pe 2.4).
Uma montanha nada mais é do que barro sob diferentes formas. Isto fala de
Jesus que nasceria como homem aqui na terra (Is 53.3), sem intervenção
Humana, isto é, sendo gerado pelo Espírito Santo, e não pelo homem. Algo
Idêntico ocorrerá quando o reino de Deus for estabelecido aqui brevemente,
Ou seja, sem auxílio humano. Jesus não será nomeado e entronizado pelo
Homem. Sua conquista não será efetuada por armas carnais. (Ler 2
Tessalonicenses 2.8.) Quanto à expressão “sem o auxílio de mãos” (v. 45), isto é,
Sem o auxílio de mãos humanas, o leitor deve ler Daniel 8.25 e Lamentações 4.6.
A pedra bateu violentamente nos pés da estátua e esmiuçou-a (v. 45). Quatro
Vezes está dito que a pedra esmiuçou a imagem (vv. 34,40,44,45). Portanto, o
Mundo não findará convertido pela pregação do Evangelho, e sim destruído com violência sobrenatural na vinda de Jesus. Isso ocorrerá em Armagedom
No tempo do domínio mundial das dez nações confederadas sob o Anticristo
(Ap 17.11-13 com 19.11-21).
No versículo 34 vemos que a pedra feriu a estátua nos pés, e em
Seguida destruiu a cabeça, o peito, o ventre e as pernas. Isso indica que todas
As formas de governo representadas por essas partes da estátua, existirão sob a
Besta, no futuro!
Já se fala definidamente da formação dos Estados Unidos da Europa,
Onde outrora ficava o núcleo do Império Romano. O Mercado Comum
Europeu já é uma realidade. Para a organização dos Estados Unidos da
Europa é apenas mais um passo.

12. O efeito da majestade divina (2.46,47) foi poderoso e eficaz sobre
Nabucodonosor. Essa majestade manifestou-se através da sobrenatural
Interpretação do sonho

13. Nova elevação de Daniel (2.48). Agora ele era governador da província
De Babilônia e chefe supremo dos sábios. (Ler também cap. 4.9 e 5.11.)
Poucos homens deste mundo tiveram honra igual a Daniel: servir nos mais
Altos postos do governo em dois dos maiores impérios mundiais: o babilônico
E o medo-persa.

14. O excelente espírito de Daniel (2.49 – ver também 5.12 e 6.3.) Ele, ao
Galgar os degraus da fama e posição, permaneceu humilde. Não esqueceu seus
Amigos que o ajudaram e providenciou a elevação deles também. Tinha
Realmente um “espírito excelente”. Muitos, ao serem elevados, esquecem de
Todos, até mesmo dos que os ajudaram a subir. Há muita gente neste mundo
Amargurada por ingratidões. Que sabe o leitor neste particular?

Conclusão. A estátua começou como um colosso grandioso e
Terminou em pó (2.35). A pedra começou com uma obra diminuta, mas
Depois encheu o mundo inteiro: “encheu toda a terra” (v. 35).
Em Mateus 21.42-44 temos a explanação cabal da profecia da Pedra,
Dada por Jesus, que é a própria Pedra.
A Pedra rejeitada por Israel (v. 42). “A pedra que os construtores
Rejeitaram “. Isso se refere a Israel, no passado, quando rejeitaram a Pedra! –
“Não queremos que este reine sobre nós” (Lc 19.14).
A Pedra angular da Igreja (v. 42). “Essa veio a ser a principal pedra
Angular”. Isso se refere à edificação da Igreja no presente.

A Pedra esmiuçará as nações (v. 44) – aquele sobre quem ela cair ficará
Reduzido a pó. Isso é futuro, e refere-se ao Senhor Jesus na sua vinda,
Esmiuçando as nações amotinadas contra Deus, conforme vemos no Salmo 2,
Que deve ser lido aqui.

28/06/2024

A Omição de Dã e Efraim

A OMISSÃO DE DÃ e EFRAIM NAS 12 TRIBOS SELADAS

Apocalipse 7
"Os 144.000 selados" e a Omissão de Dã e Efraim
2. O selo de Deus e os selados (7.2-8).
Nestes versículos está o primeiro grupo de redimidos deste capítulo parentético.
"o selo do Deus vivo" (v. 2).
"até selarmos em suas frontes os servos do nosso Deus"
Versículo (v. 3). Este selo é de proteção, como vemos em Ap. 9.4, "e foi-lhes dito que não causassem dano à erva da terra nem a qualquer coisa verde, nem a árvore alguma, e tão-somente aos homens que não têm o selo de Deus sobre as suas frontes.
 O selo deve ser a inscrição dos nomes de Cristo e do Pai nas frontes desses redimidos como em: (Ap 14.1)."Olhei, e eis o Cordeiro em pé sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil tendo nas frontes escrito o seu nome e o nome de seu Pai"
Versículo (v. 4)."144.000 selados"
Trata-se de um grupo de judeus, salvos e preservados na terra durante a Grande Tributação para testemunharem de Cristo no lugar da Igreja.

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O grupo está na terra, a qual é mencionada nos versículos 1 e 3.
Certamente é o cumprimento do que está predito em: Isaías 66.19:
"E alguns dos que foram salvos enviarei às nações, a Társis, Pul e Lude que atiram
com arco, a Tubal e Javã, até as terras do mar mais remotas, que jamais ouviram falar de mim, nem viram a minha glória; eles anunciarão entre as nações a minha glória".
A omissão das tribos de Dã e Efraim.
 Entre as doze tribos arroladas em (Ap. 7.5-8) não aparecem Dã e Efraim. Seus nomes aparecem substituídos pelos de José e Levi. E só comparar esta lista com outras congêneres, como Gênesis 29; 30; 49; Deuteronômio 33, etc.
Certamente Dã e Efraim são omitidos por causa de sua idolatria e imoralidade registradas na Bíblia.
Dã, por exemplo, foi a primeira tribo a cair fundo nesses pecados, arrastando multidões na sua esteira.
(Ler Juizes 18.14-20,30,31 e 1 Reis 12.28-30.)
O caso de Juízes 18 é por demais sérios.
Os danitas, cujas proezas são aí relatadas, agem como autênticos ladrões.
Sem quaisquer motivos roubam o ídolo de Mica e ainda subornam o seu moço sacerdote, fazendo assim com que a idolatria, que estava restrita à família de Mica, fosse a religião de sua tribo inteira.
Este foi um procedimento iníquo.
O procedimento de Efraim não foi nada melhor.
(Ler Os 4.17; 7.8; 11.12; 13.2,12.)
Dã e Efraim não sendo selados aqui, passarão pela Grande Tribulação sem a proteção do selo de Deus.
No entanto, na lista das tribos em evidência, durante o Milênio de Cristo na terra, Dã vem em primeiro lugar e logo mais também Efraim (Ez 48.2,6)


Conclusão:
Como se explica isso?
Certamente na conversão de judeus durante a Grande Tribulação, Dã e Efraim não creram a princípio, mas crerão depois, deve ser isso.